Nos dias 22 e 23 de abril, ocorreu a formação do Busca Ativa Escolar (BAE) na prática para os diretores e coordenadores pedagógicos, equipe Intersetorial com o Sistema de Garantia de Direitos (Educação, Saúde, Assistência Social, Conselho Tutelar, CMDCA e outros), fortalecendo o papel da equipe dentro deste processo educacional, a prática como efetivar os alertas, pesquisas e análise nos casos de evasão escolar, infrequência por algumas situações de vulnerabilidades e riscos sociais como: violência familiar/escola, criança/adolescente com deficiência, falta de documentação, gravidez na adolescência, evasão porque sente a escola desinteressante entre outros, surgem nesse percurso do aprendizado.
Dentro das escolas, os diretores, coordenadores e professores são cadastrados fazendo parte da equipe de campo como agentes comunitários e técnicos verificadores da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
“A formação da BAE para os diretores e coordenadores, supervisores institucionais da saúde, educação, assistência, conselho tutelar e os demais representantes do nosso sistema de garantias de direito veio como um elo fortalecedor para toda a equipe no que diz respeito à temática sobre a evasão escolar. Estamos diante de uma problemática que ocorre diariamente dentro do contexto das nossas escolas e essa formação veio fortalecer o papel de cada um dentro do serviço intersetorial, no qual todos têm participação muito importante dentro de cada política pública ofertada para nossas crianças e adolescentes” informou Joelma Ferreira Barros, coordenadora do programa Busca Ativa Escolar do município de Altamira.
A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica disponibilizadas gratuitamente para estados e municípios. Reúne representantes de diferentes áreas – Educação, Saúde, Assistência Social, Planejamento etc, fortalecendo, dessa forma, a rede de proteção. Cada secretaria e profissional tem um papel específico, que vai desde a identificação de uma criança ou adolescente fora da escola ou em risco de abandono, até a tomada das providências necessárias para seu atendimento nos diversos serviços públicos, sua (re)matrícula e sua permanência na escola.
“Nesse momento de formação, cada um teve o papel do conhecimento, da participação por meio dos nossos estudos de casos para se ambientar à realidade das famílias, sobre como abordar essas famílias, como identificar as situações de vulnerabilidade social, como fazer a pesquisa de campo, gerar o alerta e direcioná-las para as instituições devidas. Além disso, esses profissionais que participaram da formação tiveram a oportunidade de aprender como lançar os casos dentro da plataforma, que é uma estratégia tecnológica para a identificação de como está o índice de evasão, da infrequência, do porquê dessas crianças e adolescentes estarem ausentes da escola. E, assim, constatando os casos, levarmos a proposta para os encaminhamentos a fim de minimizar ou até mesmo solucionar a problemática na qual se encontra cada família, não somente a parte educacional, mas o todo. Acredito que todos unidos nesse serviço intersetorial, nesse diálogo, nessa troca de conhecimentos, vamos conseguir com excelência que nossas crianças e adolescentes estejam dentro da sala de aula, fortalecendo um dos seus direitos que é a educação”, finalizou a coordenadora da BAE.
Todo o processo é acompanhado pela ferramenta tecnológica, que funciona como um grande banco de dados que facilita a comunicação entre as áreas, armazena dados importantes sobre cada caso acompanhado e apoia na gestão das informações sobre a situação da criança e do adolescente no município e/ou no estado.
Por: Socorro Bragança – Ascom/Semed