Prefeitura alerta para o descarte irregular de lixo e o risco para os agentes de limpeza

Foto: El Elyon Machado

Não importa a hora, se é manhã, noite ou madrugada, nem se está fazendo sol ou caindo um ‘toró’. Gari é uma profissão em movimento constante e tudo por única razão: cuidar da nossa cidade para que tenhamos um ambiente limpo e agradável para morar. É, mas será que a gente tem emprestado mesmo cuidado a esses homens e mulheres que atuam em uma das profissões mais insalubres?

Lixo perfurocortante, que é aquele capaz de perfurar ou até mesmo cortar, causar danos à saúde das pessoas, neste caso, especificamente dos garis que são os servidores que trabalham diretamente com a limpeza pública, com a coleta de lixo das residências da cidade.

Agulhas e vidro são exemplos de materiais que precisam de atenção no descarte, para evitar acidentes, além de contaminação por doenças infectocontagiosas pelos garis. Boa parte da população coloca objetos cortantes junto com restos de alimentos, como por exemplo: pregos, vidros, seringas, espetos.

Importante ressaltar que os profissionais da limpeza urbana não sabem o que está em cada saco de lixo, eles passam rapidamente e só vão recolhendo cada saco, sacola e caixas jogadas pelos moradores. O descarte desorganizado pode causar sérios danos, principalmente aos garis que trabalham para manter a cidade limpa.

Diante de situações perigosas e até mesmo como medida preventiva, o coordenador de Limpeza de Altamira, Alex de Souza, destaca que a missão da equipe é manter a cidade limpa e que todos trabalham com muito afinco, mas ele percebe que a população precisa reconhecer o trabalho desta equipe com mais consideração. Ele destaca com tristeza e preocupação o fato de que os garis têm passado por várias situações que podem ser evitadas se a população contribuir de forma efetiva. “Donas de casa, donos dos restaurantes, farmácias, por favor, envelopem ou enrolem em papelão ou revistas, os pedaços de vidro, lâminas, latas, espetinhos, entre outros materiais, antes de colocá-los no saco de lixo. Caso estejam já em pedaços ou até mesmo para os espetinhos, coloquem dentro de uma garrafa pet, que pode ser cortada ao meio, depois, o material pode ser lacrado com uma fita crepe para que os objetos não sejam lançados fora do recipiente”, pediu o coordenador.

Suely Barbosa, gari que trabalha na coleta há 01 ano, mas já trabalhou durante 07 anos na varrição, ama trabalhar nesta função de deixar a cidade mais limpa, ela relata que já se cortou duas vezes durante o trabalho de coleta na limpeza pública. Nos dois episódios de acidente, ela precisou ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), foi medicada e nas duas vezes precisou levar pontos no ferimento. Ela também faz um apelo à população: “Peço para colocar o objeto cortante numa caixa e embalar direitinho, para que qualquer gari pegue, faça o seu trabalho, sem correr o risco de sofrer algum tipo de acidente”.

Outra situação rotineira durante o trabalho da equipe, são os ataques por cachorros. Já está quase virando rotina, os garis serem surpreendidos por ataques de cachorros das residências, inclusive já houve caso de gari ser mordido. Diante desse fato, Alex diz que conta com o apoio e compreensão da população para que a equipe trabalhe de forma tranquila. “No dia da coleta, por favor deixem o lixo arrumadinho lá fora, com todos os cuidados prévios para evitar que os nossos garis sofram acidentes, e também peço encarecidamente que prendam os cachorros no dia da coleta, para evitar que o pessoal seja mordido pelos cachorros, solicita Alex.

Bruno Souza, gari que trabalha há pouco mais de dois anos na equipe, destaca que apesar de gostar muito do que faz, passa por alguns perrengues desmotivadores e por isso pede um pouco mais de cuidado por parte da população. “Pessoal que quebra um prato, um copo, por favor, organize numa caixa de papelão, corte uma garrafa pet para colocar os espetos, tampe direitinho. É para a nossa segurança, para não nos cortarmos nem nos furarmos”, pediu o gari.

Por: Cátia Paiva – Ascom/PMA

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