Altamira assina acordo internacional com Portugal e maior município do Brasil prevê criação de Museu do Chocolate da Transamazônica e Xingu

A terceira Edição do Festival Internacional do Chocolate e Cacau, realizado pela Prefeitura de Altamira, entre os dias 13 a 16 de junho de 2024, já prometia muitas novidades, mas na tarde do terceiro dia do Chocolat Xingu foi realizada uma cerimônia especial de assinatura do primeiro Termo Internacional de Cooperação Técnica entre a Prefeitura de Altamira e Audax, Centro de Inovação e Empreendedorismo, do Instituto Universitário de Lisboa ISCTE, de Portugal. O Audax é uma startup que trabalha com projetos que abrangem o meio ambiente, a agricultura, a tecnologia e mobilidade.

A cerimônia foi realizada em um dos espaços do Centro de Eventos Vilmar Soares, onde acontece o Festival Internacional do Chocolate e Cacau, e reuniu o Prefeito de Altamira e também presidente da Associação do Consórcio dos Municípios de Belo Monte (ACBM), Claudomiro Gomes e a comitiva vinda diretamente de Portugal, sendo o presidente do Audax – ISCTE, Prof. Pedro Sebastião, a professora de direito e representante do Garage Group (Instituição Portuguesa de Fomento à Inovação), Verônica Pereira, e o chocolateiro e diretor do Museu do Chocolate da cidade do Porto, Pedro Araújo Martins.  Representantes de Universidades públicas e privadas, e das Secretarias Estadual e Municipal de Educação também participaram da cerimônia, além de autoridades municipais, federal e convidados.

Com esse Termo de Cooperação, Altamira e Lisboa tornam-se parceiros, principalmente ambientais, garantindo ao município reconhecimento internacional de ecossistemas preservados e também a abertura de fronteiras para o fomento e a produção do Chocolate da Transamazônica por meio capacitações, cursos, e a abertura de mais mercados externos para a amêndoa do cacau que é produzida aqui na região Transamazônica, responsável por 86% do cacau produzido no Estado do Pará.

“No caso de Altamira, é aquilo que vocês fazem, sendo um spot do cacau e tudo o que existe na cadeia de valor do cacau até a venda do chocolate é um desafio espetacular e nós poderemos introduzir não só a tecnologia, mas também técnicas e visões de sustentabilidade nos seus três eixos: econômico, social e ambiental”, pontuou Pedro Sebastião, presidente do Audax – ISCTE.

Em seu discurso, Pedro Martins Araújo, do Museu do Chocolate, disse que um museu pode mudar o destino de uma cidade, e que Altamira já está preparada para as mudanças que irão acontecer. “Um museu é de fato uma ferramenta cultural que permite criar uma oferta turística. É um polo agregador de conhecimento e capacitação para passar para os agricultores, para os produtores de chocolate e para todo o destino social”, destacou.

A partir deste acordo, Altamira abre caminhos para sua inserção na rota internacional do chocolate por meio da construção do primeiro Museu do Chocolate da Transamazônica e do Parque Industrial de Bioeconomia, que vai gerar emprego e renda a partir dos produtos da floresta.

Para o Prefeito de Altamira, Claudomiro Gomes, a Cooperação entre Altamira, por meio das universidades locais e o Instituto Universitário de Lisboa, será portas abertas para tornar o município um polo referencial de educação tecnológica no Estado do Pará. 

“A partir deste termo de cooperação, qualquer universidade aqui do nosso município vai poder interagir, a própria prefeitura, as nossas escolas de ensino médio e municipais, e os próprios empresários estarão debaixo desse guarda-chuva de capacitação para que a gente possa promover desenvolvimento. E tudo isso, cuidando para que Altamira continue sendo o município que tem a maior floresta nativa do mundo preservada,” destacou Claudomiro Gomes.

Ainda durante a cerimônia, o prefeito de Altamira recebeu, por meio da professora Verônica, uma medalha comemorativa aos 200 anos da Independência do Brasil, enviada pela Universidade de Coimbra. Para a professora Verônica, o futuro trará para Altamira um posicionamento ambiental e econômico, a partir da rota internacional do cacau. “É uma preocupação cada vez mais gritante que as próximas gerações olhem para o cacau como algo lucrativo, não só pelo encantamento natural que este município carrega em si, mas pela importância mundial que tem enquanto coração do mundo”, finalizou.

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