A prefeitura de Altamira segue realizando os mutirões para pacientes interessadas no DIU e nas cirurgias de laqueaduras, métodos contraceptivos que garantem à mulher a segurança do planejamento familiar desejado. Só neste mês de setembro o Hospital Geral de Altamira, no bairro Mutirão, já atendeu 16 pacientes com a inserção do DIU, e no último dia 15 de setembro foi a vez das pacientes candidatas às cirurgias de laqueadura.
Andreia Lima de Souza, de 34 anos, é mãe de 5 meninos e este ano decidiu se candidatar à cirurgia de laqueadura depois de ter feito várias tentativas por uma menina. Ela conta que é grata à prefeitura por oferecer essa oportunidade às mulheres. “Eu só tenho a agradecer o governo por ter feito esse mutirão e ter contemplado muitas mães de família que realmente necessitam dessa laqueadura”.
Jaqueline da Silva Feitosa, de 28 anos, mora na zona rural e é mãe de cinco filhos. Ela tem um desejo antigo de fazer a laqueadura e agora realiza esse sonho podendo planejar melhor a criação dos filhos, que ainda são pequenos. “A sensação é boa, apesar de eu estar com medo, mas agradeço as pessoas que me ajudaram”.
As 14 pacientes de laqueadura deram entrada no hospital na noite anterior ao procedimento cirúrgico, passaram pelo acolhimento da equipe de enfermagem, que faz um levantamento do histórico de cada uma para que todas sejam atendidas com a atenção e os cuidados necessários. Dois médicos obstetras estiveram à frente do mutirão de cirurgias, realizadas no dia seguinte, todas com sucesso.
A laqueadura, também conhecida como ligadura tubária, é um método contraceptivo que consiste em cortar, amarrar ou colocar um anel nas trompas para interromper a comunicação entre o ovário e o útero, o que impede a fecundação e o desenvolvimento de uma gravidez. “A laqueadura é um projeto que já tem um fluxograma através da secretaria de saúde aonde as mulheres que tem desejo em fazer a laqueadura devem procurar a unidade de saúde mais próxima delas pra uma consulta com o médico. O médico vai estar encaminhando-a ao ginecologista e ao planejamento familiar”, disse Willha Maria Borges, diretora do Hospital Geral, que destacou ainda o olhar sensível da prefeitura a tantos pedidos feitos pelas mulheres que decidiram fazer o controle de natalidade em suas famílias. “É uma iniciativa da gestão Mais Vida Mais Futuro e que a secretaria de saúde está realizando aqui no HGA”.
A Angélica Alves Lima, de 34 anos, buscou o Programa de Planejamento Familiar do município para chegar até a cirurgia de laqueadura. Mãe de três filhos, a manicure tomou a decisão junto com o marido. “Fui no postinho, fiz a consulta, aí a médica me encaminhou pra assistente social e pro ginecologista. Aí eu coloquei o papel na central de regulação aí me chamaram, aí eu fiz as duas consultas, fiz o planejamento familiar”, destacou a manicure.
Mais do que não querer ter outros filhos, os serviços oferecidos de forma gratuita pela prefeitura refletem o respeito às decisões que devem ser tomadas pela mulher. “Hoje, as mulheres estão crescendo, produzindo e desempenhando seus papéis na sociedade. Elas têm o direito de escolher quando desejam engravidar. Isso permite o planejamento familiar e tem um impacto significativo na vida das mulheres”, avalia a médica Jackley Serodio.