A Prefeitura de Altamira em parceria com o governo do estado vai ampliar o acesso ao ensino médio nas regiões ribeirinhas e terras indígenas

Garantindo que a educação chegue em todos os cantos do município, e permitindo que os jovens possam estudar perto de casa, uma parceria da prefeitura de Altamira com o governo do Estado, vai levar ensino médio na modalidade SOME para as regiões ribeirinhas e RESEX, a partir do início de 2024. Cinco comunidades distantes do centro urbano de Altamira irão receber as aulas, contemplando aproximadamente 100 alunos.

Para que a implantação aconteça, o município de Altamira entra com a contra partida dos servidores de apoio e administração, casa dos professores, as salas de aula, uma porcentagem do transporte e da merenda escolar. Os polos de ensino deverão ser implementados nas áreas Ribeirinhas e Resex’s: Beira Rio (Comunidade Maribel), São Francisco e Manoelito (Resex Rio Iriri), Morro do Anfrísio (Riozinho do Anfrísio) e Gabiroto (Resex Rio Xingu), garantindo assim, o direito de todos à educação.

Para a coordenadora geral da Educação no Campo, Águas e Florestas da Secretaria Municipal de Educação, Joseane Silva, o investimento em educação é um marco para estudantes de toda a região.

“Ao investir na educação do campo na implantação do Ensino Médio nas comunidades ribeirinhas, em parceria com a Secretária Estadual de Educação, o governo municipal assume o compromisso com uma política específica que possibilita a universalização do acesso dos povos que vivem e trabalham nestas localidades, a uma educação que conduza à emancipação deste segmento da população. A importância deste marco na educação do município é o reconhecimento da identidade das escolas e na construção de um currículo que atenda as especificidades dos povos”, declara.

O atual convênio com o estado já leva o ensino médio em todas as escolas do campo que ofertam ensino médio na modalidade Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), na gleba Assurini, na Princesa do Xingu, Artur Pessoa, e também nos distritos de Castelo de Sonhos, Cachoeira da Serra e na modalidade Sistema Educacional Interativo (SEI) que conta com aulas via satélite e um kit com todos os equipamentos necessários na Escola 13 de Maio, na Vila Canopus, garantindo que os alunos não precisem percorrer longas distâncias para ir à aula.

125 alunos estão matriculados nas turmas do ensino médio em 3 terras indígenas

As turmas do Ensino Médio ofertado pela Secretaria de Educação do Estado do Pará (SEDUC), através da Coordenadoria de Educação Escolar Indígena (CEEIND) e a 10ª Diretoria Regional de Educação, estão sendo ofertadas em três aldeias indígenas do Médio Xingu, em parceria com a Prefeitura Municipal de Altamira que através de um termo de responsabilidade e compromisso, tem parceria nesses atendimentos nas comunidades indígenas. Uma vez que o município já atende as etapas da educação infantil e 1º ao 9º ano do ensino fundamental.

“A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades educacionais inscritas em suas terras e culturas, as quais têm uma realidade singular, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade e formação específica de seu quadro docentes observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que norteiam a Educação Básica Brasileira, totalizando 1.881 alunos distribuídos na Educação Infantil e Ensino Fundamental anos iniciais e finais”, destaca Sheyla Curuaia, coordenadora da educação indígena da Secretaria de Educação de Altamira.

A Educação Escolar Indígena do Município de Altamira atende atualmente oito (08) povos indígenas, são eles: Arara, Araweté, Assurini, Xipaya, Kuruaya, Xikrin, Kayapó-Kararaô, Kayapó de Castelo de Sonhos e Parakanã, distribuídos em nove (09) polos educacionais no Médio Xingu, com atendimento em 64 unidades de ensino, sendo que 04 dessas escolas, são atendidas como unidades anexas da Escola Léo Heck, no Distrito de Castelo de Sonhos.

Por: Socorro Bragança – Ascom/Semed

As aldeias estão localizadas em três terras indígenas, sendo elas: Terra indígena Kwatinemo, na aldeia Kwatinemo com funcionamento na escola matriz do povo Assurini do Xingu, Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Mureyra Aite’jepe com o quantitativo de uma turma com 21 alunos matriculadosTerra Indígena Apyterewa, na aldeia Apyterewa com funcionamento na escola matriz do povo Parakanã, Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Iatora Parakanã com o quantitativo de duas turmas sendo uma pelo período da manhã com 39 alunos matriculados e outra no período da tarde com 41 alunos matriculados e pôr fim, a Terra Indígena Cachoeira Seca, aldeia Iriri com funcionamento na escola matriz do povo Arara, Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Tjibie Arara com o quantitativo de 24 alunos, com o total de 125 alunos matriculados nas turmas do ensino médio.

O Sistema de Organização Modular de Ensino é uma modalidade de ensino que garante o ensino médio em localidades distantes das sedes municipais e é firmado entre o governo do Estado e Prefeituras municipais por meio de convênios. O SOME é a única alternativa de muitos jovens e adultos que desejam seguir seus estudos, ainda que em áreas distantes, às vezes até remotas, no interior do Estado. Já na questão indígena, a modalidade é feita pelo Sistema de Organização Modular de Ensino Indígena (SOMEI), sendo uma modalidade de ensino que garante o ensino médio em localidades distantes das sedes municipais.

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