Altamira intensifica campanha de prevenção à tuberculose

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

O último 24 de março, dia alusivo mundialmente ao combate à doença, data criada em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), celebrou os 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose.

A tuberculose é transmitida pelo ar. Então se uma pessoa que tem tuberculose, que tem um parente que tem tuberculose ou que está com uma tosse persistente há mais de sete dias, que não melhora como aquela famosa gripe que não passa, a gente orienta a procurar uma unidade de saúde para fazer a investigação dessa tosse, que pode ser uma pneumonia, mas também tuberculose”, é o que explica a enfermeira Adileida Silva dos Santos, responsável pelo Programa Municipal de Tuberculose, da Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo estimativas da OMS, um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. Há cerca de 8,8 milhões de doentes e 1,1 milhões de mortes por ano no mundo.

O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo. Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Só neste ano, Altamira já registrou 6 casos da doença, chegando a 50 no ano passado e alcançando o pico de casos dos últimos quatro anos em 2022, com 70 notificações.

A enfermeira Adileida Silva afirma que atualmente a cidade oferta tratamento para a doença em todas as unidades básicas de Altamira. “Qualquer pessoa que for diagnosticada com tuberculose, pode estar sendo direcionada a uma unidade de saúde, até mesmo ao hospital ou a UPA. Então todas as nossas unidades básicas de saúde, fazem tratamento para tuberculose”, relata.

Atualmente, Altamira dispõe de três exames para diagnosticar a doença, como conta a enfermeira. “Hoje o município conta com algumas formas de tratamento, temos disponível na rede o Teste Rápido Molecular, que é conhecido como TRM, que faz o diagnóstico da tuberculose de forma bem rápida. Então, em uma hora a gente já consegue dar o resultado desse exame pro paciente. Temos também o exame de baciloscopia, que é o BAH, ele também diagnostica tuberculose e os exames de imagem, que é os raios X. Vale ressaltar também que para pacientes com HIV, nós também temos um exame que é chamado FLAN, é um teste rápido que é disponibilizado para pacientes que possuem o HIV e que também é de forma rápida, então a gente consegue diagnosticar, é um exame diagnóstico e de forma rápida”, informa.

Acerca do tratamento da doença, a enfermeira aponta que dependendo do tipo de diagnóstico, o tratamento pode ter diferentes durabilidades, mas na tipagem mais comum, a duração é de 6 meses. “O tratamento de tuberculose, ele tem a durabilidade na maioria das vezes de seis meses, então isso depende do tipo da tuberculose. Então, a gente ouve falar mais da tuberculose pulmonar, que é a mais frequente, mas a gente tem outros tipos de tuberculose, a gente tem a tuberculose óssea, que ela já se estende um tempo a mais, mas de forma geral, a tuberculose pulmonar, o tratamento dela tem durabilidade de seis meses. Vale ressaltar que é muito importante que todas as pessoas já diagnosticadas com tuberculose, elas realizem um tratamento de forma correta. Então, não pode ficar muito tempo sem a medicação. Se a pessoa completar 30 dias sem tomar essa medicação, é considerado abandono. Então, a pessoa vai ter que reiniciar todo o esquema de tratamento”, disse.

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